Depois de um susto de uma alta extrema no IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) em 2021, período pós Pandemia do COVID, onde os índices inflacionários superaram os 30%, em 2023 a inflação para o referido índice não ultrapassará os 5%, segundo especialistas. Em março, registrou variação de 0,05%. Com esse resultado, o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 0,17%.
Como se sabe, o índice mais utilizado para reajuste de aluguéis é o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), que passou a ser adotado pela maioria dos locadores por uma série de vantagens como divulgação dos índices no fim do mês, não ter envolvimento com o poder público, ser divulgado pela FGV, instituição confiável.
O índice IGP-M foi criado no final dos anos 1940 e para se chegar ao cálculo do IGP-M, ele leva em consideração três subíndices, sendo o IPA-M — Índice de Preços do Atacado – Mercado; IPC-M — Índice de Preços do Consumidor – Mercado e INCC-M — Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado.
Os três subíndices recebem porcentagens diferentes no cálculo total, pois os índices que mais impactam nos preços recebem maior relevância. Ou seja, o IPA-M compõe 60% do IGP-M, o IPC-M com 30% e o INCC-M, que é responsável por 10% da composição do indicador.
Especialistas indicam que o referido índice, entretanto, não é o mais adequado para o reajuste dos alugueis, pois não teria sido criado para isso e nunca teria sido indicado pela instituição que o criou para reajuste de alugueis.
Tanto têm razão que recentemente tivemos um problema muito grande com o referido índice. Isso se deu em decorrência dos efeitos da Pandemia, onde o IGP-M disparou e em 2021 chegou a ficar superior aos 30% de inflação.
Isso gerou uma série de negociações e ações judiciais à época, comprovando que não se pode relacionar tal índice às locações, pois, realmente, ele não trata especificamente da relação locatícia.
Mais um exemplo de que tal índice deve ser trocado urgentemente, caso contrário, quem utiliza o mercado imobiliário como renda ou segunda renda ficará no prejuízo e quem aluga não terá segurança jurídica ou financeira, ficando à mercê desses picos de inflação, sem previsibilidade alguma.